sexta-feira, maio 15

Restos de Dinheiro

. sexta-feira, maio 15



É Quinta-Feira e são sete e meia da manhã. Sabe, quando você tem que pagar o ônibus, ou o metrô, ou ainda a gasolina, com aquela sua perfeita nota de vinte ou cinquenta reais? E tudo parece ir bem, até que a respeitável pessoa que te atendeu abre sua gaveta barulhenta, saca uma encardida nota de dez e pede pra que você "aguarde um instantinho", pois ela está sem troco?
Pois é... como se não bastasse parte do seu dinheiro estar indo embora, a maldita te faz esperar uma cassetada de tempo, pra voltar com a mesma nota rubra em decomposição e mais um punhado de moedas de um real, cinquenta, dez e até cinco centavos.
Você pensa consigo: Como irei guardar esse monte de moedas? Aonde? No cu? E ainda tem de aguentar aquele sorriso sarcástico, quase sadô-masô, acompanhado de um "Tá aqui seu troco! Obrigado e bom dia!".
Essa é só a ponta do iceberg. Há muito mais problemas, bem sérios, envolvendo a questão das moedas e dos trocos aos montes.
Estima-se que cada moeda de R$ 1 tenha um custo final médio de R$ 0,26. Já as de 1 centavo, custam R$ 0,09. Periodicamente, se faz necessário repor as moedas que ficam estocadas em nossas casas, nossas gavetas e cofrinhos, gerando altos custos. Sem contar que, se quiséssemos sacanear o governo investindo dez centavos na destruição de moedas de um centavo, o governo teria de gastar noventa centavos para repor estas moedas. Bem mais do que os dez centavos que investimos, concorda?
A coisa ainda vai além. O dinheiro é seu e ninguém tem nada a ver com isso, certo? ERRADO. O valor é seu, mas a forma física, isto é, o veículo - notas e moedas - foram confeccionados pela Casa da Moeda a pedido do Banco Central. As notas e moedas são de todos nós, igualmente. O dinheiro para confeccionar uma nota, veio de vários de nós.
Eu sou meio radical quanto à existência das moedas. Algum economista corajoso deveria desenvolver um esquema monetário que dispensasse o uso delas! Pra quê pagar R$ 2,20 para andar de ônibus podendo pagar apenas R$ 2, e R$ 2,80 para andar de metrô podendo pagar R$ 3, se da mesma forma eu gastarei R$ 5,00? Não seria mais fácil abolir as casas decimais, para pagamentos em espécie? Que tal arredondar os valores? Valores de centavo em centavo, somente em transações eletrônicas, ora!
Entretanto, seria interessante ver o irmão do Genoíno andar com milhões de moedas na cueca... Ia ser até bom para o sujeito, uma hérnia de vez em quando faz bem.

2 Comentários:

BirdBardo Blogger disse...

Números Fracionários sempre existirão devido ao câmbio sempre mutável. Agora o que existe é uma falta de cuidado quanto as moedas postas em em circulação e não utilizadas corretamente. O governo deixa de produzir as moedas de 1 centavo, mas vemos preços de 1,99 por ae. Interessante e não é um economista que vai mudar uma macroeconomia, mas sim todo um processo de reestruturação financeira.

Karen GOES disse...

sim, mas esses valores quebrados são todos ilusórios! algum dia você já recebeu o troco desse R$1.99??? claro que não! E o pior é que se você pedir pra ficar devendo 5 centavos, é esculachado ate a morte...

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